quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ægishjálmr (Elmo do Terror)

O Ægishjálmr, conhecido em inglês como "Helm of Awe" e, em português, como "Elmo do Terror" é um símbolo pré-cristão utilizado pelos povos nórdicos.



Este termo não tem origem num elmo ou capacete físico mas sim numa antiga tradição mágica conhecida como Seiðr. Esta forma de Magia tradicional era praticada sobretudo por mulheres e viu-se fortemente atacada quando o Cristianismo chegou ao Norte da Europa. Muita da sua sabedoria foi perdida, chegando até nós pouco mais do que algumas práticas populares mais fortemente enraizadas e algumas referências nas sagas da mitologia escandinava. Terá sido nesta antiga tradição que o símbolo surgiu, possivelmente com mais significados do que aqueles que subsistiram até nós. Sabe-se que os antigos Vikings gravavam este símbolo entre as sobrancelhas antes de ir para uma batalha. Este gesto teria múltiplas funções, a saber:

- obter coragem e invencibilidade
- inspirar o terror no inimigo
- expandir a percepção do seu utilizador
- iludir o inimigo, causando-lhe perturbações visuais e alucinações

Algumas fontes referem que, utilizado com os devidos conhecimentos, este símbolo dotaria o seu utilizador com o poder da invisibilidade. De facto, é relatado nas sagas que o Seiðr afectava os sentidos e a mente das suas vítimas, provocando esquecimento, paranóia, alucinações, confusão e medo. É possível que os seus praticantes dominassem muito bem as técnicas da hipnose, o que explicaria todos estes efeitos. Em todo o caso, esta arte deveria estar estreitamente relacionada com o uso da visão (seja da visão física, seja da terceira visão ou chakra frontal), pois refere-se também que a bruxa seiðkona poderia ser dominada se lhe tapassem os olhos (idealmente com uma pele de cabra). Também se diz que os efeitos mágicos mais fortes seriam sempre na presença da bruxa, bastando que a vítima se afastasse da sua vista para que os efeitos começassem a passar.

Pela Idade Média, muitos das antigas práticas já estariam a caminho do esquecimento mas o uso popular deste símbolo persistiu. Os que almejavam a força e a coragem continuaram a gravá-lo entre os olhos recitando as palavras:

"Ægishjálmr eg ber milli bruna mjer!"

Ou seja, "Eu porto o Ægishjálmr entre as minhas sobrancelhas!" - uma declaração de poder, após a qual ficaria assegurada a protecção mágica e invencibilidade do seu utilizador.

Existem algumas variações deste símbolo, sendo uma das mais interessantes esta figura conhecida como "compasso rúnico" ou Vegvisir:



A palavra Vegvisir significa algo como "ver o caminho" e o símbolo era usado sobretudo pelas gentes do mar, como garantia de não se perderem da rota no meio das tempestades.

Hoje em dia o Ægishjálmr e as suas variações continuam a ser utilizados, sobretudo como amuletos de protecção, por seguidores da fé Asatru, bem como por outros pagãos de inspiração nórdica e por muitas pessoas que receberam a herança desta antiga cultura.

Pentagrama

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A estrela de cinco pontas, também chamada geralmente de pentagrama, foi usada durante milhares de anos por uma grande variedade de culturas. A maioria do seu uso na sociedade ocidental descende das tradições ocultas ocidentais. Ela é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito".

Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.


Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.


(Isso serve de exemplo para os fanáticos religiosos que dizem que qualquer símbolo que não seja a cruz e a bíblia foram feitos para o mal)


Ocultistas têm associado o pentagrama ás crenças das pessoas:

• A Humanidade ou o corpo humano, representando dois braços não desenhados, os dois pés e a cabeça;
• Os cinco sentidos físicos: visão, audição, tacto, cheiro e gosto;
• Os cinco elementos: espírito, fogo, ar, água e terra.
• Os Cinco ciclos da vida


Os ciclos da vida

Nascimento: o início de tudo

Infância: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases

Maturidade: fase da comunhão com as outras pessoas

Velhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoria

Morte: tempo do término para um novo início

O Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. Os Bruxos usam um Pentagrama para representar a sua fé e para se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para um Wiccaniano, assim como uma cruz é importante para um cristão, ou como um Selo de Salomão é importante para um judeu. O Pentagrama representa o homem dentro do círculo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa , já que é a estilização de uma estrela (homem) assentada no círculo da Lua Cheia (Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular:

PONTA 1 - ESPÍRITO: representa os criadores , a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as outras 4 pontas.

PONTA 2 - TERRA: representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.

PONTA 3 - AR: representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência , ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.

PONTA 4 - FOGO: representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.

PONTA 5 - ÁGUA: representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade. Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.

Representa também as 5 cores

vermelho para o Fogo, amarelo para o Ar, azul para a Águar, preto para a Terra e branco para espirito

E os cinco elementos da filosofia Chinesa

(Terra, Metal, Água, Madeira e Fogo).


Orientação do Pentagrama

O Pentagrama com dois pontos para cima representa Satan como a cabra do Sabbath; quando um ponto está para cima é o sinal do Saviour.

A união dos opostos

O pentagrama representa, por vezes, a união dos opostos, expressada geralmente como o macho e a fêmea, a fim gerar um inteiro maior. Por exemplo, os Wiccas vêem, por vezes, o pentagrama como a representação do Triple Goddess (como três dos pontos) e do Horned God (com os dois pontos restantes a representar os seus dois chifres ou as suas naturezas claras e escuras). Cornelius Agrippa fala do número cinco que representa geralmente a união do macho e da fêmea como a soma de dois e de três, como os dois que representam a mãe e os três que representam o pai.

Protecção e Exorcismo

O pentagrama é aceite geralmente como um símbolo da protecção e exorcismo, dirigindo o diabo ausente e outras energias e entidades não desejadas.

O pentagrama quando virado para cima com uma ponta serve para inibir forças do mal como um símbolo de proteção

pentagrama virado para cima símbolo de proteção contra o mal

O pentagrama quando virado com duas pontas viradas para cima serve para invocação tanto espiritos do bem quanto do mal, más foi adotado como símbolo do mal quando virado para baixo pelo satanismo.



Pentagrama virado para baixo, símbolo de invocação e também símbolo do mal segundo crenças satânicas.

O pentagrama de Gardneriana




O pentagrama de Gardneriana é um disco circular tendo sete símbolos.

O triângulo do ponto baixo à esquerda representa o primeiro grau de iniciação / A elevação na religião Wicca.

O pentagrama virado para baixo à direita representa o 2º grau

O triângulo no topo, juntamente com o grande pentagrama no centro virado para cima, representa o 3º grau.

Na metade inferior, a figura à esquerda é o Deus Chifrudo, enquanto os crescentes que (parece um X) são a deusa da lua.

O símbolo $ S, no fundo, representa a dicotomia da misericórdia e da gravidade, ou o beijo eo flagelo. (mais basicamente é o lado bem e o mal de qualquer coisa).

O Pentagrama de Baphomet



O Pentagrama de Baphomet é o símbolo oficial da Igreja de Satan. Esta imagem é de uma construção relativamente nova. E está presente aqui a permissão da igreja.

O Pentagrama

O pentagrama tem sido associado desde à muito tempo ao oculto. Além disso, o pentagrama representou frequentemente a humanidade e o micro cosmos. Satanismo, que revê as realizações da humanidade e incentiva os seguidores a alcançarem o que desejam, defende também o pentagrama como sendo “omnipotente, autocrata e intelectual,” como descrito pelo ocultista do século XIX, Eliphas Levi.

Orientação de Pentagrama

A igreja de Satan usa a orientação da ponta para baixo. Isto permite que coloquem a cabra-cabeça dentro da figura. De acordo com escritores tais como Levi, esta era a orientação “infernal”, e parecia assim a orientação apropriada para Satanismo. Finalmente, a figura da ponta para baixo representa o espírito submetido pelos quatro elementos físicos, rejeitando a noção que o mundo físico está sujo e o tabu, elevando assim o espírito.

A cabeça da cabra

Colocar uma cabeça de cabra dentro do pentagrama data também do século XIX. A figura não é especificamente de Satan, embora seja descrita geralmente nos termos tais como “o Paraíso ameaçando da cabra suja” e é descrita primeiramente ao lado dos nomes Samael e Lilith, ambos podendo ter conotações demoníacas.
A igreja de Satan associa-o especificamente com a cabra de Mendes, que se chama também Baphomet. Para eles representam o “escondido, ele que suporta todas as coisas, a alma de todos os fenómenos. “

As letras do Hebrew

As cinco letras de Hebrew ao longo da parte externa do símbolo soletram para fora Leviathan, uma criatura da bíblia monstruosa do mar vista por Satanistas como um símbolo do Abyss e da verdade escondida.

Cruz Celta

Este símbolo é uma derivação da Cruz Solar e aparece por toda a Europa desde o terceiro milénio a.C. (Idade do Bronze), tendo sido utilizado sobretudo pelos povos Celtas (Celtiberos, Gauleses e Gaélicos) mas também pelos povos nórdicos. Também é chamada "Cruz de Iona", "Cruz de Odin” e "Roda de Taranis", sendo estes dois últimos nomes derivados da sua versão mais antiga, a já mencionada Cruz Solar.


Apesar de muitas vezes ser confundido com um símbolo da Cristandade, a Cruz Celta é muito anterior, com algumas representações datadas de 5000 a.C. As suas origens são desconhecidas mas é de consenso geral que se trata de um símbolo solar, cujas semelhanças com a Suástica e com o Ankh egípcio não podem deixar de ser notadas. Tal como estes, apresenta o eixo horizontal, Feminino, receptivo, Yin e o eixo vertical, Masculino, criativo, Yang, representando tanto o Eixo do Mundo, como os Quatro Elementos e a Chave da Vida.

Com a conversão da Europa ao Cristianismo, o símbolo foi rapidamente absorvido pela nova ordem social e transformado numa cruz cristã. É muitas vezes chamada "Cruz de São Columbano", devido a uma lenda irlandesa que conta que foi trazida para a Irlanda por este Santo. O mosteiro de São Columbano, na ilha de Iona, deu origem às denominações "Cruz de Iona" ou "Cruz Iónica".

Graças à sua antiguidade e origem europeia, a Cruz Celta, bem como a Cruz Solar e a Suástica - todas elas símbolos solares - foram adoptadas por grupos políticos radicais e o seu significado antigo foi deturpado, tendo sido substituído pelo do fascismo e da intolerância. Hoje em dia, a imagem de um destes símbolos, na maioria dos casos, já só evoca os mais recentes acontecimentos do Nazismo, do fanatismo político e da violência, tendo-se perdido assim toda a sua riqueza e significado originais.

Apesar disto, o significado tradicional está a ser, lentamente, recuperado pelas comunidades neo-pagãs, bem como por seguidores e estudiosos das antigas tradições europeias. A Cruz Celta continua a ser usada como amuleto de protecção, é associada ao heroísmo e à coragem, servindo como talismã ajuda a superar obstáculos e conquistar vitórias. Como símbolo solar também é usado para prosperidade e fertilidade. A Cruz Celta é frequentemente gravada ou esculpida em pedra, para benção das terras envolventes. O símbolo evoca o equilíbrio e a harmonia, bem como a protecção dos Ancestrais.

Hamsa (Mão de Fátima)

A palavra Hamsa deriva de uma antiga língua semítica e significa algo como "cinco". Este é um dos mais divulgados amuletos de protecção usados tanto por muçulmanos como por judeus, bem como por pessoas de muitas outras culturas que, entretanto, o adoptaram. Compõe-se por uma forma de mão estilizada e simétrica, profusamente ornamentada e, geralmente, contendo um olho na palma.


O Hamsa é conhecido como "Mão de Fátima" pelos muçulmanos, numa referência à filha de Maomé. Segundo a tradição sunita, os cinco dedos de Fátima simbolizam os cinco pilares do Islão, enquanto que para os xiitas, simbolizam o Ahl al-Kisa - o grupo formado por Maomé, a sua filha Fátima, o seu sobrinho e genro Ali, e os seus netos Hassan e Hussein. Os judeus, por outro lado, chamam-lhe "Mão de Miriam", aludindo a esta figura bíblica, irmã de Moisés e de Aarão. Para estes, os cinco dedos simbolizam os cinco livros da Tora. É ainda de referir que, como acontece com a maioria dos símbolos de poder, há fortes indícios que o Hamsa seja muito anterior ao seu uso pelo Islão ou pelo Judaísmo. Achados arqueológicos comprovam que este símbolo foi usado por povos fenícios, possivelmente associado ao culto da deusa lunar Tanit, patrona da cidade de Cartago.

Em todas as culturas que o utilizam, o Hamsa é um símbolo de protecção, em especial contra o mau-olhado. Afasta as negatividades e os perigos, sendo usado como pendente, junto ao corpo ou, de maiores dimensões, pendurado nas portas e paredes das casas, dos estabelecimentos comerciais e ainda nos automóveis, para evitar roubos e acidentes. Por vezes, o olho central é acompanhado de outros símbolos como a Estrela de David ou os Peixes, ou ainda por inscrições em hebraico ou árabe, dependendo da sua origem.

Ouroboros



O Ouroboros é a representação gráfica de uma serpente ou um dragão, em forma circular, engolindo a própria cauda. Este símbolo é encontrado na antiga literatura esotérica (alguma vezes, associado à frase Hen to pan – O Todo ou O um) e em diversas tradições ocultistas e escolas iniciáticas em forma de amuleto.

A origem etimológica do termo Ouroboros está, supostamente, na linguagem copta e no idioma hebreu, na qual ouro, em copta, significa Rei, e ob em hebreu, significa serpente. Mas, precisar sua origem e significado primitivo, torna-se uma tarefa praticamente impossível. Mesmo que de certa forma estejam interligados mas, paralelamente, trazem interpretações distintas.

Os primeiros registros deste arquétipo foram encontrados entre os egípcios, chineses e povos do norte europeu (associado a serpente folclórica Jörmungandr) há mais de 3000 anos. Na civilização egípcia, é uma representação da ressurreição da divindade egípcia Rá, sob a forma do Sol. Também é encontrado entre os fenícios e gregos.



Símbolos & Signos

Entre tantos símbolos relacionados, o Ouroboros é um dos que apresenta maior hipótese de significados. Isto porque há outras representações iconográficas contidas e associadas ao próprio Ouroboros.
A serpente, que nos textos canônicos está associada às aspectos maléficos, como no livro Gênesis 3:13, (Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A Serpente enganou-me, e eu comi.), na maior parte das culturas pré-cristãs, é um símbolo de sabedoria. Partindo do princípio que o Ouroboros é um símbolo pré-cristão, pode-se supor que este conceito de sabedoria é predominante.

Mas, pode-se também interpretar que o ato de engolir a si mesma, é uma interrupção do ciclo humano em uma busca evolutiva do espírito noutros planos. Por outro lado, pode significar a auto-destruição através do ato de consumir a própria carne e até mesmo a auto-fecundação. Ainda, o fato de encontrar-se na forma circular é um arquétipo representativo de movimentos ininterruptos e pode representar também o Universo. Além da interpretação de que a serpente atua nas esferas inferiores (Inferno), enquanto o círculo representa o Reino Divino. Em outras situações, o animal tem duas cores distintas. Neste caso, provavelmente, uma referência a Yin e Yang, ou pólos masculino e feminino, dia e noite, bem e mal, e outros paradoxos da natureza.

Sob uma perspectiva alquímica, o Ouroboros é representado na figura de dois animais míticos engolindo um a cauda do outro; não sendo, neste caso, necessariamente, uma serpente. Segundo o Uractes Chymisches Werk (Leipzig – 1760), "alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem". Esta descrição alquímica é uma alusão ao processo de separação do material em dois elementos distintos.


Porém, de uma forma mais ampla, o Ouroboros é uma representação dos ciclos reencarnatórios da alma humana. Ainda, segundo o Dictionnaire des Symboles, simboliza o "ciclo da evolução fechado sobre si mesmo. O símbolo contém as idéias de movimento, continuidade, autofecundação e, em conseqüência, o eterno retorno". Na obra Magic Symbols de Frederick Goodman é citado "serpente... [seja] o símbolo da sabedoria dos verdadeiros filósofos" e "O Tempo, do qual apenas a sabedoria brota".
Atualmente, o Ouroboros é comumente encontrado em amuletos esotéricos, na simbologia maçônica e na teosofia. Porém, também está presente no selo dos Estados Unidos da América, posicionado acima da águia bicéfala. Ainda, é muito comum encontrá-lo em monumentos funerários, fazendo alusão, mais uma vez, aos ciclos da vida.

Fonte: Spectrum

Cruz de Odin ou ( Cruz Solar )

Cruz de Odin ou ( Cruz Solar )




cruz solar é provavelmente o símbolo espiritual o mais antigo no mundo, aparecendo na arte religiosa asiática, americana, européia, e indiana.
Representa o calendário solar e seus movimentos, marcados pelos solstícios (a swastika é também um formulário da cruz solar, enfatizando o movimento.)
Norte da Europa esta cruz é conhecida como a cruz de Odin e de Wodan. É freqüentemente usada como um emblema dos Asatrus (Religião que cultua o Panteão Aesir, de deuses nórdicos).
No budismo ela é conhecida como a roda da Vida, a roda de Samsara, (perambulação) que determina o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos.
Nos Arcanos Maiores do Tarot, a carta número 10 também encontra analogias neste símbolo, sendo que como um símbolo solar o número 10 na Kaballa possui a guematria da Letra YOD

Muitos a conhecem também por "Chalice Well", devido à História do Rei Arthur, que achava que o poço do Santo Graal tinha essa imagem no fundo.

Tetragrammaton ( Tetagrama )


Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto


Se considerarmos que as letras de um alfabeto nada mais são que sinais gráficos, o Tetragrama, em sua representação gráfica, conhecido como Tetragrammaton, é uma complexa combinação de letras do alfabeto hebraico, grego e latino, associados a diversos símbolos conhecidos no ocultismo. Nele encontra-se o pentagrama entrelaçado, símbolos zodiacais, algarismos e formas geométricas, entre outras representações.

No ocultismo, incluindo suas diversas ramificações, o Tetragrammaton desempenha uma função muito importante, sendo usado em rituais e invocações e na forma de talismãs. Os ocultistas interpretam o Tetragrammaton e outros símbolos cabalísticos nele contidos, como poderosos signos mágicos, capazes de potencializarem rituais abrindo as portas da consciência humana.

Acompanhe a descrição de alguns elementos do Tetragrammaton:



Pentagrama

O pentagrama assume diversos significados de acordo com o contexto em que é encontrado. Neste caso, é a base do Tetragrammaton. Assim, podemos interpretá-lo como símbolo do "Homem Realizado". Isto é, uma representação da entidade humana evoluída em todos os estágios espirituais.


Os olhos do Pai - Júpiter

No ângulo superior do Pentagrama, encontramos "Os olhos do Pai" e a representação do planeta Júpiter. Uma alusão aos olhos do Criador, o espírito, o poder que coordena tudo e todos.

Marte

Nos "braços" do Tetragrammaton encontra-se o símbolo astrológico e zodiacal do planeta Marte, representando a Força, ou a Energia pura da criação.


Saturno

Nos ângulos inferiores está a representação astrológica e zodiacal do planeta Saturno. É um dos principais símbolos usados na Magia, representando os mestres que anularam o próprio ego e as falhas inerentes ao ser humano, atingindo assim, a perfeição.


Sol e Lua

Posicionados nas linhas verticais do Pentagrama, próximos ao centro da figura, o Sol e a Lua fazem referência aos pólos femininos e masculinos da criação, contidos em todos os organismos, incluindo o Microcosmos e o Macrocosmos.


Mercúrio e Vênus

Estes símbolos são amplamente encontrados na literatura alquímica e são representações astrológicas e zodiacais destes planetas. Localizados sobrepostos no centro da figura, referem-se à união dos pólos de onde surgirá o Caduceu de Mercúrio.




Caduceu de Mercúrio

O Caduceu de Mercúrio é o símbolo alquímico da transmutação. Associado aos símbolos superiores de Mercúrio e Vênus, refere-se à criatura, ou seja, o resultado da união entre os pólos feminino e masculino, entre as forças lunares e solares, e o ponto de equilíbrio entre eles. Por estar localizado no centro da figura, também pode ser interpretado como a "coluna vertebral", ou, Kundalini, responsável pela união da energia sexual entre as polaridades.


Jehova

Esta inscrição hebraica é um tetragrama pronunciado Jehova (lê-se da direita para a esquerda), sendo mais uma das várias alusões ao "Nome de Deus".



Alfa e Omega

Alfa e Omega são, respectivamente, a primeira e última letra do alfabeto grego. Esta é uma referência ao princípio e fim de todas as coisas. Alfa está abaixo dos "Olhos do Pai". Omega encontra-se invertido, na base do Caduceu de Mercúrio. Isto pode significar o caldeirão utilizado pelos alquimistas, ou ainda, o caldeirão (útero) da Deusa, para alguns ocultistas.

Binário

Localizados fora do pentagrama, os números 1 e 2 são referências à bipolaridade; isto é, uma representação de que todas as coisas possuem dois lados. Seguindo este conceito, podemos também compreendê-los como outra manifestação dos pólos masculino e feminino, início e fim, bem e mal, entre outros.


Logos

Logos é uma palavra grega que significa razão, mas também é interpretada como "fonte de idéias" e "verbo divino". Associado ao Tetragrammaton, os números 1, 2 e 3 representam respectivamente o Pai, a Mãe e o Filho. Também pode ser interpretado como a Tríade do Cristianismo (Pai, Filho e Espírito Santo) ou como o triângulo, amplamente encontrado nas tradições esotéricas.


Cálice

O cálice significa o pólo feminino da criação. Na alquimia é utilizado para representar o elemento Água.


Espada Flamejante

A "espada de fogo", dentro do contexto alquímico, representa o próprio elemento fogo. Porém, associado ao Tetragrammaton, assume o papel do pólo masculino e do pênis, símbolo de fertilidade entre as antigas tradições.


Báculo

Báculo é o bastão comumente usado por Magos. Está dividido em sete escalas representando os estágios de evolução. Na alquimia está relacionado ao elemento Terra.


Hexágono do Mago

O hexágono do Mago representa o domínio do espírito sobre a matéria. Na alquimia está relacionado ao elemento Ar.


Não é possível definir apenas uma relação entre os vários símbolos que compõem o Tetragrammaton e tampouco uma finalidade específica desse conjunto. Seus sinais transitam entre correntes tão distantes que a interpretação, em certos casos, chega a ser paradoxal.

Se observarmos estas combinações simbólicas através do ângulo alquímico, teremos um determinado resultado. Porém, se analisado através dos conceitos astrológicos, por exemplo, a conclusão poderá ser totalmente distinta. Assim, a atenção e perspicácia do observador tornam-se fundamentais para decifrar o Tetragrammaton, um dos mais antigos e poderosos símbolos da espiritualidade humana.

Fonte: Spectrum

Armado deste signo e convenientemente disposto, podeis ver o infinito através daquela faculdade que é como que o olho de vossa alma, e vós vos fareis servir por legiões de anjos e colunas de demônios.

Velas e Seus Significados

Velas e Seus Significados

A vela é um instrumento simbólico com a finalidade de direcionar pedidos, pensamentos e preces e conectá-los ao plano astral ou às divindades. Porém, para alguns o seu uso funcional é apenas para iluminação de ambientes (principalmente quando a luz acaba).

Muitos rituais empregam o uso de velas, e para serem bem sucedidos algumas medidas de segurança são tomadas contra possíveis acidentes. também devem ser utilizadas velas de qualidade, virgens, ou seja, sem terem sido recicladas. Quando se deseja que o pedido chegue mais rapidamente ao plano astral, recomenda-se um incenso aceso ao lado da vela. Durante o ritual a vela deve arder até o fim, não pode ser apagada. Caso ela não evapore totalmente os seus vestígios devem ser retirados cuidadosamente e jogados em água corrente ou num jardim.

Dependendo do objetivo a ser conquistado podemos encontrar as velas em diferentes formatos, cores, aromas e essências.


Diferentes cores



Vela Branca



A mais pura das velas, a vela branca é inspiração para o despertar da espiritualidade e a ascensão da consciência. Ligada aos chakras superiores, serve ao despertar da pureza essencial do homem. Proporciona paz, harmonia, equilíbrio e afasta os maus fluídos. A vela branca também representa a mãe, sendo excelente para despertar e fortalecer a imaginação, a criatividade e a fertilidade. Protege as crianças até os oito anos de idade. Reforça os laços familiares, representando a harmonia e pureza no lar.


Vela Laranja



Esta vela representa o Sol e deve ser utilizada para agradecimento a Deus. Ela incentiva a criatividade, as atividades artísticas e desportivas. E uma revitalizadora de todo o organismo. auxilia em Decisões, adaptabilidade, atração, estímulo. É excelente auxiliar para quem quer receber luz, espiritualizar-se e aumentar seu poder mental.


Vela Vermelha



Esta é uma das velas mais utilizadas em magias ciganas e é a mais ligada à beleza física e à sensualidade. A vela vermelha nos concede autoridade, vitalidade e paixão. Ela nos protege de acidentes e de situações de violência e perigo físico. E a melhor ajuda para a proteção de entes queridos. Ajuda a conectar com o chakra básico e com as forças terrestres. Vela importante quando queremos nos conectar com seres e forças do plano material.


Vela Amarela



É a vela da comunicação. Representa a ordem, o raciocínio e a lógica. Protege especialmente os pulmões e os brônquios, a respiração, o sistema cerebral e suas ramificações nervosas, a língua, os ouvidos, os intestinos, os braços e as mãos. Ela ajuda a vencer a timidez e favorece as relações sociais. Intensifica a memória, a agilidade mental, a eloqüência e a capacidade de entender entrelinhas.


Vela Rosa



A vela rosa simboliza o amor incondicional e as relações regidas por afeto intenso. esta vela atrai seres e forças ligados a este plano sutil. Provoca a atração e desperta a sensibilidade e os sentimentos nobres e puros.



Vela Violeta



Violeta é a cor da espiritualidade e a cor de Saint Germain, mestre ascensionado da Chama Violeta que auxilia na queima do karma. Ligada ao chakra do fogo, ajuda na purificação de nosso ser. Ela aumenta a nossa capacidade de sacrifício e a perseverança. Protege os missionários e os imigrantes.


Vela Verde



Ligada ao chakra Svadhistana, ou seja, o chakra dos desejos, esta vela ajuda na realização de nossos sonhos e metas. E também a vela que desperta a vitalidade e recupera a energia vital, sendo aconselhável acendê-la quando nos sentimos exauridos e esgotados. Também utilizada em ritos para alcançar a fertilidade, a abundância e a fartura. A vela verde está ligada ao mundo material, posto que o verde é a cor da natureza. Ela simboliza a estabilidade, a fidelidade, a constância, a responsabilidade, a perseverança, a longevidade, o êxito na profissão, a sabedoria e a transcendência.


Vela Preta



A cor preta é uma espécie de esponja que atrai para si praticamente qualquer coisa. Isso também se aplica a roupas. A vela preta deve ser acesa para afastar mau-olhado, limpar a negatividade. Abre os níveis do inconsciente; usado em rituais para induzir um estado de meditação; simboliza a reversão, desdobramento, proteção, libertação, repelindo a magia negra e formas mentais negativas. Atrai a energia de Saturno. Por isso, a vela preta deve ser utilizada somente em rituais esotéricos e por um iniciado, pois ele saberá exatamente que tipo de forças está atraindo.


Vela Azul



Quando azul claro, desperta interiorização, tranqüilidade, paz e harmonização. Abre as portas do mundo oculto, tornando fácil a comunicação astral. Ótima na luta contra o medo. Quando o azul é mais profundo, representa o prazer de viver e tudo aquilo que nos desperta gosto pela vida. Ela estimula a sensualidade, a auto-estima e induz à conquista amorosa.

Gerald Gardner

Gerald Gardner
                                                             Gerald Gardner
O renascimento da Wicca pode ser encontrado no início do século XX nos trabalhos da antropóloga inglesa Margareth Murray, suas pesquisas sobre “as origens e a história da feitiçaria” começaram com a idéia comum de que “todas as feiticeiras eram velhas sofrendo de alucinações por causa do diabo”. Mas Murray...logo desvendou o diabo e descobriu em seu lugar um Deus com chifres de um culto à fertilidade, um Deus pagão que na época da inquisição foi considerado herético, transformado em uma incorporação do diabo. Murray estava convencida depois dos seus estudos profundos sobre esses registros de que esse Deus possuía um equivalente feminino, tratava-se de uma divindade, a caçadora medieval das épocas clássicas que os gregos chamavam de Ártemis e os romanos de Diana. Murray então...concluiu que as feiticeiras condenadas tinham Diana como uma líder espiritual e por isso a reverenciavam.
Segundo Margaret Murray, os vestígios dessa fé poderiam ser rastreados no passado a até cerca de 25 mil anos, época em que viveu uma raça aborígine composta de anões, cuja existência permaneceu registrada pelos conquistadores que invadiram aquelas terras apenas nas lendas sobre elfos e fadas. De acordo com ela, seria uma “religião alegre”, repleta de festejos, danças e principalmente abandono sexual, o que mais tarde seria incompreensível para os sombrios inquisidores, cujo único propósito foi destruí-la até as mais tenras raízes.
A egiptóloga Margaret A. Murray, pesquisadora ativa até sua morte, aos 100 anos.Finalmente em 1921, Murray publicou o primeiro (O Culto à Feiticeira na Europa Ocidental) dos três livros com as suas conclusões favorecia certa legitimidade à religião Wicca. Imediatamente outros estudiosos no assunto atacaram os métodos e as conclusões de Margaret Murray, um dos críticos classificou seu livro como “um palavrório enfadonho”. Apesar dos trabalhos de Murray não terem tanto prestígio nos círculos acadêmicos, recentes estudos arqueológicos induziram alguns historiadores a fazer ao menos uma releitura mais criteriosa de algumas de suas teorias mais polêmicas; Margaret Murray conseguiu através de uma reavaliação favorável da feitiçaria, abrir uma porta para um fluxo de interesse pelo culto a Diana.
Em 1899, mais de duas décadas antes de Murray apresentar suas teorias, Charles Leland, escritor e folclorista americano havia publicado “Aradia”, obra que segundo ele, era o evangelho de “La Vecchia Religione” (A Velha Religião), uma expressão que desde então passou a fazer parte do saber “Wicca”. O livro relata a lenda de Diana, Rainha da Feiticeiras, cujo encontro com o deus-sol Lúcifer resultara numa filha chamada “Aradia”, esta seria “la prima strega” (a primeira bruxa), a que revelara os segredos da feitiçaria para a humanidade.
Considerada uma fonte duvidosa, Aradia contudo...terminou servindo de inspiração para inúmeros ritos praticados por feiticeiros contemporâneos. Duramente criticado e mesmo com raros defensores no círculo acadêmico, o livro Aradia com sua ênfase no culto à Deusa tornou-se muito popular nas assembléias feministas.
Outro trabalho mais recente com enfoque similar, porém de reputação mais sólida, é o livro de Robert Graves, publicado pela primeira vez em 1948, “A Deusa Branca” que revela a existência de um culto ancestral centrado na figura de uma matriarcal deusa lunar. De acordo com o autor, essa deusa seria a única salvação para civilização ocidental. Robert Graves expressou profundas reservas com relação à bruxaria, mas o autor chama à atenção a longevidade e a força da religião Wicca e também faz críticas ao que ele considera como uma ênfase em jogos e brincadeiras. Na verdade, o ideal para a feitiçaria, escreve Grave, seria que “surgisse um místico de grande força para revestir de seriedade essa prática, recuperando sua busca original de sabedoria”.
A referência de Graves era uma irônica alfinetada em Gerald Brosseau Gardner, um senhor inglês peculiar e carismático, que exerceria profunda, embora frívola, do ponto de vista de Robert Graves, influência no ressurgimento do interesse pela feitiçaria.
Gardner nasceu em Blundellands, nas proximidades de Liverpool, Inglaterra no dia 13 de Junho de 1884. O seu pai foi Juiz de Paz, pertencendo a uma família de comerciantes de madeira. A família de Gardner tem origem Escocesa, remontando as suas raízes a uma mulher chamada Grissel Gardner, foi queimada como feiticeira no ano de 1610 em Newburgh. O avô de Gardner casou com uma senhora que supostamente teria sido feiticeira e muitos dos seus antepassados teriam assumidamente capacidades psíquicas extraordinárias. Na sua família inclui-se também Alan Gardner, um comandante naval e mais tarde vice-almirante e membro da Câmara dos Lordes, o qual ganhou distinções como comandante do Channel Fleet que preveniu a invasão de Napoleão Bonaparte em 1807.
Gerald Gardner tivera diversas carreiras e ocupações: funcionário de alfândega, plantador de seringueiras, antropólogo e, finalmente, místico declarado. Era um nudista convicto, professava um perpétuo interesse pela “magia e assuntos do gênero”, campo que para ele incluía tudo: desde os pequenos seres das lendas inglesas até as vítimas da Inquisição e os cultos secretos da antiga Grécia, Egito e Roma. Pertenceu à famosa sociedade dos aprendizes de magos chamada Ordem Hermética da Aurora Dourada.
Gerald Gardner recolheu-se em Isle of ManGardner enfureceu os círculos acadêmicos quando anunciou que as teorias de Margaret Murray eram verdadeiras. A feitiçaria, declarou ele, havia sido uma religião e continuava a ser. Ele dizia saber disso simplesmente porque ele próprio era um bruxo. Em 1954, seu surpreendente depoimento veio à luz com o lançamento de “A Feitiçaria Moderna”, o livro mais importante para o renascimento da feitiçaria. Se a prática não havia desaparecido, como “A Feitiçaria Moderna” tentava provar, o próprio Gardner admitiu ao menos que a feitiçaria estava morrendo quando ele a encontrou pela primeira vez, em 1939.
Gardner gerou muita polêmica ao afirmar que, após a catastrófica perseguição medieval, a bruxaria tinha sobrevivido através dos séculos, secretamente, à medida que seu saber canônico e seus rituais eram transmitidos de uma geração para outra de feiticeiros. Segundo Gardner, sua atração pelo ocultismo havia feito com que se encontrasse com uma herdeira da antiga tradição, “a Velha Dorothy Clutterbuck”, que supostamente seria alta sacerdotisa de uma seita sobrevivente. Logo após esse encontro, Gardner foi iniciado na prática, embora mais tarde tenha afirmado, no trecho mais improvável de uma história inconsciente, que desconhecia as intenções da velha Dorothy até chegar ao meio da cerimônia iniciática, ouvir a palavra “Wicca” e perceber “que a bruxa que eu pensei que morrera queimada há centenas de anos ainda vivia”.
Considerando-se devidamente preparado para tal função, Gardner gradualmente assumiu o papel de porta-voz informal da prática. Assim, lançou uma nova luz nas atividades então secretas da bruxaria ao descrever em seu livro, por exemplo, a suposta atuação desses adeptos para impedir a invasão de Hitler na Inglaterra. De acordo com Gardner, os feiticeiros da Grã-Bretanha reuniram-se na costa inglesa em 1940 e juntos produziram “a marca das chamas” – uma intensa concentração de energia espiritual, também conhecida como “cone do poder”, para supostamente enviar uma mensagem mental ao Fuhrer: “Você não pode vir. Você não pode cruzar o mar”. Não se pode afirmar se o encantamento produziu ou não o efeito desejado mas, como Gardner salientou prontamente, a história realmente registra o fato de Hitler ter reconsiderado seu plano de invadir a Inglaterra na última hora, voltando-se abruptamente para a Rússia. Gardner declara também, que esse mesmo encantamento teria, aparentemente, causado o desmoronamento da Armada Espanhola em 1588, quando muitos feiticeiros conjuraram uma tempestade que tragou a maior frota marítima daquela época.
Quando não reescrevia a história, Gerald Gardner assumia a tarefa de fazer uma revisão da feitiçaria. Partindo de suas próprias pesquisas sobre magia ritual, ele criou uma “sopa” literária sobre feitiçaria feita com ingredientes que incluíam fragmentos de antigos rituais supostamente preservados por seus companheiros, adeptos da prática, além de elementos de ritos maçônicos e citações de seu colega Aleister Crowley, renomado ocultista que se declarava a Grande Besta da magia ritual. Gardner decidiu então acrescentar uma pitada de Aradia e da Deusa Branca e, para ficar no ponto, temperou seu trabalho incorporando-lhe um pouquinho de Ovídio e de Rudyard Kipling. O resultado final, escrito numa imitação de inglês elisabetano, engrossado ainda com pretensas 162 leis de feitiçaria, foi uma espécie de catecismo da Wicca, ressuscitado por Gardner. Assim que completou o trabalho, seu compilador tentou fazê-lo passar por um manual de uma bruxa do século XVI, ou um Livro das Sombras.
Esse volume transformou-se em evangelho e liturgia da tradição gardneriana da Wicca, como veio a ser chamada essa última encarnação da feitiçaria. Era uma “pacífica e feliz religião da natureza”, nas palavras de Margot Adler em “Atraindo a Lua”.
As bruxas reuniam-se em assembléias, conduzidas por sacerdotisas. Adoravam duas divindades, em especial, o Deus das florestas e de tudo que elas encerram, e a Grande Deusa tríplice da fertilidade e do renascimento. Nuas, as feiticeiras formavam um círculo e produziam energia com seus corpos através da dança, do canto e de técnicas de meditação. Concentravam-se basicamente na Deusa; celebravam os oito festivais pagãos da Europa, buscando entrar em sintonia com a natureza.
Como indaga o próprio Gardner em seu livro: Há algo errado ou pernicioso nisso tudo? Se praticassem esses ritos dentro de uma igreja, omitindo o nome da Deusa ou substituindo-o pelo de uma santa, será que alguém se oporia?
Talvez não, embora a nudez ritualística recomendada por Gardner causasse, e ainda cause, um certo espanto. Mas para Gardner as roupas simplesmente impedem a liberação da força psíquica que ele acreditava existir no corpo humano. Ao se desnudarem para adorar a Deusa, as feiticeiras não só se despiam de seus trajes habituais, como também de sua vida cotidiana. Além disso, sua nudez representaria um regresso simbólico a uma era anterior à perda da inocência.
A recomendação da nudez, acrescentada à defesa feita por Gardner do sexo ritualístico – O Grande Rito, como ele o chamava – virtualmente pedia críticas. Rapidamente o pai da tradição gardneriana ganharia reputação de “Velho Obsceno”.
Mas, sendo um nudista e ocultista vitalício, Gardner estava habituado aos olhares reprovadores da sociedade e em seu livro “A Feitiçaria Moderna”, parecia antever as críticas que posteriormente receberia.
Alguns críticos, após um exame minucioso dos trabalhos de Gerald Gardner, começaram a questionar a validade do suposto antigo “Livro das Sombras”, entre os seus críticos mais ferrenhos encontrava-se o historiador Elliot Rose, que em 1962 desacreditou a feitiçaria de Gardner, afirmando que era um sincretismo. Outro crítico, um destacado cronista britânico do ocultismo, acusou Gardner de fundar “um culto às bruxas elaborado e escrito em estilo romântico, um culto redigido de seu próprio punho”.
Aidan Kelly, outro crítico, o fundador da Nova Ordem Ortodoxa Reformada da Aurora Dourada, uma ramificação da prática da magia, declarou trivialmente que Gardner inventara a feitiçaria moderna e que ele, em sua tentativa desorientada de reformar a velha religião, formara outra, inteiramente nova. Kelly ainda assegurou que na tradição gardneriana não há base alguma que relacione a tradição com o antigo paganismo europeu.
Selena FoxAidan Kelly no entanto contrabalançou suas virulentas críticas a Gardner ao creditar-lhe não só uma criatividade genial, mas também a responsabilidade pela vitalidade da feitiçaria contemporânea.
J. Gordon Melton, um ministro metodista e fundador do Instituto para o Estudo da Religião Americana, comentou que todo o movimento neopagão deve seu surgimento, bem como seu ímpeto, a Gerald Gardner. “Tudo aquilo que chamamos hoje de movimento da feitiçaria moderna pode ser datado a partir de Gardner”, declarou Melton.
Dúvidas e polêmicas sobre suas fontes à parte, a influência de Gerald Gardner no moderno processo de renascimento da Wicca é indiscutível, assim como seu papel de pai espiritual dessa tradição específica de feitiçaria que hoje carrega seu nome. Embora os métodos de Gardner revelassem um certo toque de charlatania e seus motivos talvez parecessem um tanto confusos, sua mensagem era apropriada para sua época e foi recebida com entusiasmo dos dois lados do Atlântico. Quer ele tenha ou não redescoberto e resgatado um antigo caminho de sabedoria, aparentemente seus seguidores foram capazes de captar em seu trabalho uma fonte para uma prática espiritual que lhes traz satisfação.
Além do mais, na condição de alto sacerdote de seu grupo, Gardner foi pessoalmente responsável pela iniciação de dúzias de novos feiticeiros e pela criação de muitas novas assembléias de bruxos. Estas, por sua vez, geraram outros grupos, num processo que se tornou conhecido como “a colméia” e que, de fato, resultou numa espécie de sucessão apostólica cujas origens remontam ao grupo original criado por Gardner. Outras assembléias gardnerianas nasceram a partir de feiticeiras autodidatas, que formaram seus próprios grupos após ler as obras de Gardner, adotando sua filosofia.
Contudo, nem todas as feiticeiras estão vinculadas ao gardnerianismo. Muitas professam uma herança anterior a Gardner e desempenham seus rituais de acordo com diversos modelos colhidos das tradições Celta, Escandinava e Alemã. Além disso, alguns desses pretensos tradicionalistas declaram-se feiticeiros hereditários, nascidos em famílias de bruxos e destinados a transmitir seus segredos aos próprios filhos.

O Necronomicon

As mentes mais cépticas afirmam que O Necronomicon é apenas um livro fantástico criado por H.P. Lovecraft. Os autênticos investigadores e amantes dos mistérios esotéricos do mundo pensam que é um volume de conhecimento proibido escrito por Abdul Alhazred que muito quiseram destruir para evitar que certas coisas sejam reveladas. Diz-se que nele existem fórmulas que permitiam contactar com entidades sobrenaturais de imenso poder. Alias, o livro incluía muitos rituais para ressuscitar os mortos ou para viajar nas dimensões onde habitavam estes seres sobrenaturais. É conhecido como um livro de saberes.
O titulo original do livro era “Al Azif”. Azif é um termo utilizado pelos árabes que designar o barulho nocturno produzido pelos insectos. Este ruído suponha-se que era o murmúrio dos demónios.
A obra foi composta por Abdul al-Hazred, um poeta louco de Yemen, no ano 700. O certo é que foi um muçulmano pouco devoto, adorando entidades desconhecidas que chamava Yog-Sothoth e Cthulhu. Diz-se que este poeta passou dez anos no vazio do grande deserto que cobre o sul da Arabia, conhecido como “espaço vazio” ou “deserto escarlate”. Os rumores contam que este deserto que está habitado por espíritos que protegem o mal e por monstros da morte. Pessoas que dizem ter passado por ele contam que ali sucedem coisas muito estranhas e sobrenaturais. Diz-se que Abdul al-Hazred escreveu o livro durante os últimos anos da sua vida.
Necronomicon
Pelo ano 950, o Azif foi traduzido ocultamente para grego por Theodorus Philetas de Constantinopla, de onde o nome agora é mais conhecido: Necronomicon. Durante um século teve lugar certos feitos horríveis, segundo se diz devido à sua influência. Por isso o livro foi proibido e queimado. Por existirem referências posteriores a ele pensa-se que nem todos os exemplares fora destruídos, e assim pode-se ter feito novas cópias.
O que está claro é que o Necronomicon foi um dos livros que mais impacto causou na sociedade em toda a história. Isto é devido a o que para muitos é uma simples ficção, para outros é realidade. Para as Sociedades Ocultas, é um livro real, pois muitos dos maiores Ocultistas de todas as épocas o estudaram, praticaram e comprovaram a sua realidade. Mas há um feito, pelo menos intrigante: se o Necronomicon é apenas um livro de ficção… porque é que a Igreja Católica o proibiu?
 SIGNIFICADO DOS TRIDENTES
É COMUM VER-SE EM QUASE TODOS OS PONTOS, UM TRIDENTE QUE ASSEMELHANDO-SE A UM GARFO DE TRÊS PONTAS, É POR ALGUNS INTERPRETADO COMO O GARFO DE SATANÁS. 
ESSE TRIDENTE, SIGNIFICA A FIGURA DO TERNÁRIO. E FORMADO POR TRÊS DENTES EM FORMA DE PIRÂMIDES, SOBREPOSTOS A UM "TAU" GREGO OU LATINO. 
NO PRIMEIRO DENTE (PARTE DE CIMA), VÊ-SE UM "JOD" QUE ATRAVESSA DE UM LADO UM CRESCENTE (MEIA-LUA), E DO OUTRO UMA LINHA TRANSVERSAL, ASSEMELHANDO-SE HIEROGLIFICAMENTE AO SIGNO ZODIACAL DO CÂNCER (CARANGUEJO). 
NO DENTE CENTRAL ESTÁ REPRESENTADA HIEROGLIFICAMENTE À FIGURA DA SERPENTE CELESTE, SENDO A CABEÇA REPRESENTADA PELO SINAL DE JÚPITER. 
NO TERCEIRO DENTE (PARTE DE BAIXO), VÊ-SE UM SINAL MISTO, REPRESENTANDO OS SIGNOS DE GEMINIS E DE LÉO (GÊMEOS E LEÃO). 
NO PRIMEIRO DENTE, ENTRE OS FERRÕES DO CARANGUEJO, VÊ-SE O SOL E A SEGUIR, A PALAVRA ÓBITO, QUE SIGNIFICA: 
VAI-TE, AFASTA--TE. 
NO DENTE DO MEIO VÊ-SE AINDA NO  CENTRO E PERTO DA SERPENTE A FRASE: "AP DO SEL", QUE É A ABREVIATURA DE UMA PALAVRA FORMADA CABALISTICAMENTE E HEBRAICAMENTE, E AINDA DE UMA PALAVRA VULGAR. "AP" É ABREVIATURA DA PALAVRA ARCHEU E DEVE SER LIDA "AR" EM VEZ DE "AP". 
"DO" DEVE SER LIDO "OD", E, FINALMENTE "SEL". 
ESSAS PALAVRAS REPRESENTAM AS TRÊS SUBSTÂNCIAS PRIMAS E OS NOMES OCULTOS DE ARCHEU E DE OD, SIGNIFICANDO O MESMO QUE ENXOFRE E MERCÚRIO DOS FILÓSOFOS. 
NO ÚLTIMO DENTE VÊ-SE AINDA AO LADO DO LEÃO, A PALAVRA "IMO", QUE SIGNIFICA: NÃO OBSTANTE, PERSISTE. 
NA HASTE DE FERRO REPRESENTADA PELO "TAU" GREGO OU LATINO, VEMOS TRÊS LETRAS P. P. P. REPRESENTANDO: 
HIERÓGLIFO FALÓIDE E LINGNÂMICO, SEGUINDO-SE DEPOIS AS PALAVRAS: VLI DOX FATO AS QUAIS DEVEM SER LIDAS TOMANDO-SE A PRIMEIRA LETRA PELO NUMERO DO PENTAGRAMA EM ALGARISMO ROMANO, COMPLETANDO-SE ASSIM: 
PENTAGRAMATICA LIBERTANTE DOXA FATO, QUE SÃO CARACTERES EQUIVALENTES ÀS TRÊS LETRAS DE CAGLIOSTRO, L. P. D.
SIGNIFICANDO:
LIBERDADE, PODER E DEVER. CONCLUINDO-SE, INTERPRETAMOS O TRIDENTE DA SEGUINTE MANEIRA: 
DE UM LADO, TEMOS A LIBERDADE ABSOLUTA; DO OUTRO VÊ-SE A NECESSIDADE OU A FATALIDADE INVENCÍVEL QUE A TODOS ATINGE; NO MEIO, ESTÁ A RAZÃO, OU ABSOLUTO CABALÍSTICO QUE MANTÉM O PERFEITO EQUILÍBRIO UNIVERSAL.
OS SIGNOS REPRESENTAM AS FORÇAS DA NATUREZA. 
NAS DIVERSAS PRÁTICAS DO ESPIRITISMO, ESSES SÍMBOLOS APRESENTADOS SOB A FORMA DE PONTOS RISCADOS, TEM UM ALTO SIGNIFICADO CABALÍSTICO, E É POR ISSO QUE SE FAZEM GRANDE PROVEITO DELES, POR ISSO QUE SE FUNDAMENTA E SE ENQUADRA PERFEITAMENTE NO RITUAL E NOS DOGMAS QUE HOJE PRATICAMOS.

Lua Crescente

Lua Crescente: É a fase ideal para realizar rituais e sortilégios com o intuito de aumentar e
fazer crescer algo seja amor, dinheiro, amizade, intelecto, etc... É a melhor época para
iniciar todo tipo de negócio e esclarecer os maus entendidos. A lua crescente atrai, expande,
fortalece e aumenta as grandes possibilidades, é uma das fases mais positivas, pois todos os
rituais realizados nesta fase lunar tendem a apresentar resultados satisfatórios e imediatos.
O aspecto da Deusa a ser invocado na fase crescente é a da Virgem cujo nome é Rhianon.
Ideal para magias de prosperidade e crescimento espiritual. Propícia para iniciar projetos e
abrir novos negócios. Indicada para feitiços de atração, para trazer mudanças positivas,
feitiços de amor, boa sorte, crescimento, desejo sexual. É o tempo de novos começos,
concretizar idéias, invocações. Nesse momento a Lua representa a Deusa em seu aspecto de
Virgem, como: Epona, Ártemis e outras deusas virgens.
Lua Cheia: É a fase ideal para realizar rituais e sortilégios com o intuito de aguçar a
intuição aumentar a percepção extra-sensorial e favorecer as relações sociais. É a melhor
fase para consagrar os instrumentos 1mágicos, pois a medida que a lua enche o instrumento
consagrado se enche de força e poder. É a fase mais importante para os ritos da bruxaria,
mas tome cuidado ao agir nesta fase porque ela estimula as brigas e confusões, portanto se
estiver indeciso não haja na lua cheia, acalme-se e espere o melhor momento de decidir. O
aspecto da Deusa a ser invocado na fase cheia é a da Mãe cujo nome é Brigit. Perfeita para
qualquer atividade mágica, sobretudo para magias de amor, paixão e poder. Época propícia
para feitiços de transformações, aumento da habilidade psíquica, feitiços de fertilidade e
invocação a Deusas Lunares. É o tempo de força, amor e poder. Neste momento a lua
representa o aspecto da Deusa Mãe, como Cerridwen, Ísis, ou outras deusas com o aspecto
de mãe.
Lua Minguante: Esta fase é dedicada aos trabalhos de Magia Negra e invocações
maléficas, na lua nova todos os bruxos que usam necessariamente a magia positiva não
trabalham ritualisticamente já que a Wicca é uma filosofia mágico-espirítual que não invoca
nem trabalha com as energias involutivas por isso aguarde o período crescente da lua para
dar continuidade aos seus ritos de magia. A Deusa a ser invocada nesta fase é Morgana a
Rainha das Bruxas. É a fase ideal para se realizar rituais e sortilégios com o intuito de
afastar os feitiços, maldições e doenças, esta fase evoca os poderes negativos, a magia que
destrói as chances e possibilidades, portanto realize ritos na lua minguante que tenham a
finalidade de expulsar doenças e a magia negativa que por ventura tenham sido enviadas
contra você. O aspecto da Deusa a ser invocado na fase minguante é o da Anciã cujo nome
é Ceridwen. Ideal para meditação e magia contemplativa. Época propícia para ritualizar os
términos, expulsar energias negativas e encerrar etapas. Época para acabar com maus
hábitos e vícios ruins, e terminar relacionamentos ruins. É o tempo de profunda intuição e
adivinhação. Neste momento lua representa a Deusa em seu aspecto de anciã, como
Ceridwen.
Lua Nova: Tempo de reflexão, conhecida como Lilith, a Lua Negra. Nesta fase não deve ser
feito nenhum tipo de magia. Ligada á magias maléficas. Os bruxos não costumam fazer
trabalhos mágicos nesse período, pois não trabalhamos com energias que não sejam
evolutivas. Espere a próxima fase para realizar seu trabalho mágico. A lua neste momento
representa a Deusa Hécate, Morgana e outras deusas com esse aspecto

Suástica

Quando a maioria das pessoas olha para uma suástica, a primeira coisa em que pensa é na Segunda Guerra Mundial, no Nazismo e no Holocausto. Em perseguição, tortura, sofrimento, morte. No entanto, este símbolo é considerado uma das mais remotas formas da Cruz, já que as mais antigas suásticas datam de 2500 ou 3000 a.C. (Índia e Ásia Central). Para além de ser dos mais encontrados, considera-se que é um dos mais antigos símbolos místicos da Humanidade.
A palavra “suástica” vem do sânscrito e significa “aquilo que traz boa sorte”. A sua raiz, “Svas”, quer dizer bondade.

Seria de estranhar o facto de este símbolo ser encontrado em diferentes culturas sem contacto entre elas, mas, na verdade, existe uma explicação muito simples: desenhar duas linhas rectas perpendiculares sobrepostas no seu centro, com um braço em cada extremo, é básico. Então, tal como o círculo, por exemplo, é de se esperar encontrar-se este símbolo repetidamente, em diferentes lugares e em diferentes épocas, devido à sua simplicidade. Assim se explica, também~, a enorme variedade de suásticas que existem e a sua diversidade a nível de simbologias. A nazi, por exemplo, tem os braços voltados para a direita, sendo que um deles fica no topo. Várias suásticas são constituídas por três linhas e outras nem sequer têm braços, consistem em cruzes com linhas curvas. Portanto, os símbolos designados por suásticas são, muitas vezes, bastante distintos. A chamada suástica celta, por exemplo, dificilmente se assemelha a uma.
A suástica ou cruz gamada, como também é conhecida, é usada há milénios por diferentes povos. Faz parte da cultura dos budistas, dos hindus, dos aztecas, dos celtas, dos japoneses, dos chineses, dos gregos, dos dinamarqueses, dos escandinavos, dos saxónicos, dos nativo-americanos e até mesmo, quase ironicamente, dos judeus.





O sêlo de Salomão

O sêlo de Salomão

Sêlo de salomão como aparece no Tratado Elementar de Magia Prática, de Papus, ocultista e médico francês do século XIX

A estrela de seis pontas é um símbolo muito conhecido, usado como talismã, amuleto atrativo de energias positivas recomendado contra qualquer tipo de adversidade, natural ou "sobrenatural". É confecionada como figura ou objeto e atualmente pode ser encontrada ornamentando ambientes, roupas, publicações e objetos como medalhas, pingentes e anéis. Nos livros de todos os bons mestres ocultistas do Ocidente existem comentários a este símbolo, também conhecido como Estrela de Davi e Sêlo de Salomão, denominações que indicam sua antiguidade. De fato, a estrela com seis pontas remonta às eras pré-cristãs, época veramente nebulosas, e não é uma exclusividade da cultura judaica; ao contrário, pertence ao acervo de signos mágicos de diferentes povos em diferentes épocas.
A estrela é um legado que os patriarcas de Israel receberam no contexto do sincretismo religioso resultante do encontro das culturas hindu-arianas (Índia) e semitas da Mesopotâmia (atual Iraque). Desde Abraão, a estrela atravessou séculos até chegar ao Rei Salomão, filho do Rei Davi. Os segredos da estrela foram revelados a Salomão como parte de sua iniciação nos Mistérios de Deus. Salomão, ícone representativo de sabedoria, foi, realmente, um Mago, ou seja, um conhecedor de forças metafísicas. A "lenda histórica" conta que Salomão obteve a revelação das Ciências Ocultas de fonte divina, Ciência esta que consiste na Cabala Judaica, "magia" das relações de poder entre números e palavras.
A Cabala trata do controle da energia mental (ou pensamento) através de um sistema de rituais (ações repetidas) onde se destaca a utilização de símbolos acompanhados de invocações (falas, chamados, fórmulas verbais, versos, orações). A estrela de seis pontas é considerada o mais poderoso dos símbolos mágicos cabalísticos, usado como objeto de meditação sempre que se deseja uma conexão com Deus. Tal meditação pretende alcançar um estado de consciência, que não é sono nem vigília, caracterizado pela experiência de esquecimento ou abstração do Ego pessoal (a personalidade condicionada pelo mundo) e consequente sentimento de identificação com o Eu Real, o Eu superior que é Uno ou indissociável do Criador de Todas as Coisas. Esta unidade do homem com Deus é a razão pela qual todas as religões do mundo afirmam que "Deus está dentro de cada um de nós". O "Namastê", cumprimento dos japoneses, significa "O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em Você".
FUNDAMENTOS PITAGÓRICOS
Pitágoras foi um filósofo grego dedicado a estudos matemáticos e reconhecidamente um Iniciado Ocultista. Em seu sistema de explicação da realidade, considerava o "Número" como matriz metafísica do universo objetivo, ou seja, a realidade emana de combinações de "entidades numéricas" realizadas num plano ontológico sutil (plano de Ser abstrato, não físisco), não perceptível aos sentidos humanos. Quando Pitágoras diz "Número" está querendo significar ser ou seres metafísicos e primordiais. Cada número, em escala de 1 a 9, representa uma "entidade metafísica" ou uma realidade, uma situação metafísica que evolui até se projetar em uma realidade concreta.
Na física subatômica, partículas matrizes (eletróns, prótons, neutrons, mésons, pósitrons, etc.) se combinam de maneiras diferentes na composição de substâncias diferentes. Na física atômica, elementos (hidrogênio, oxigênio, hélio) estabelecem "ligações" formando compostos, como a água - H2O ou 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio. Note-se que partículas e átomos, invisíveis aos olhos humanos são constituintes de toda a matéria perceptível inclusive os corpos das criaturas. Isto demonstra como, a partir da dimensão do invisível surgem as criaturas na dimensão do visível, ou ainda, o que é invisível para a vista dos homens pode ser tornar visível com um dispositivo ótico mais poderoso, como um microscópio eletrônico.
GEOMETRIA & MATEMÁTICA DA ESTRELA
A relação da Estrela de Davi com a Cabala e por conseguinte com a matemática reside em um fato evidente: a estrela é uma figura geométrica e, portanto, diretamente associada às relações entre grandezas matemáticas. Como figura geométrica, a estrela é composição de dois triângulos equiláteros (triângulo que tem os três lados iguais e portanto os três ângulos proporcionalmente iguais) e de iguais dimensões (com igual comprimento dos lados). Estas igualdades são um primeiro indicativo de equilíbrio da figura.
Matematicamente, à primeira vista, a estrela está associada ao número 6. Ocorre que este número é um número composto, ou seja, é decomponível, como uma substância química composta homogênea é decomponível em um laboratório. A divisão de um número aos seus componentes mínimos chama-se redução. A redução revela quais são os valores que se relacionam na produção de um resultado. O 6, reduzido, mostra uma relção entre 3 e 2.
6 = 3x2 e é necessário falar essa proposição para perceber seu significado amplo "3 multiplicado duas vezes", ou um "3" que "se torna em "dois 3". Em operação de soma, 6=3+3 e ambas as operações, adição e multiplicação são apenas códigos que representam uma igualdade abstrata: 3x2= 3+3 =6. Decompor um número é como descobrir os genitores, a origem, o como se constituiu este número. Pitagorigamente, decompor um número é encontrar a essência de um Ser. Conhecendo o número que representa um Ser ou uma situação da realidade terrena, poder-se-ia, teoricamente, conhecer a essência, a causa primordial de tal Ser ou situação.
PODER DA ESTRELA
Quem usa a estrela, como um objeto, um colar, um anel, ou coloca sua figura em um ambiente, está fazendo uma declaração de adesão aos significados que ela encerra. Voltando à "entidade metafísica Número 3", ainda de acodo com Pitágoras e numerosos outros mestres esotéricos, tal Número corresponde a uma "entidade" muitíssimo elevada em termos espirituais ou, de pureza energética: Aquele a quem todo mundo chama de Deus e que todas as religiões descrevem como sendo "o Um que é Três".
A teologia católico-cristã ocidental reconhece esta concepção à qual denomina de Santíssima Trindade explicando que EM Deus, que é UM, coexistem TRÊS aspectos que se manifestam no ato de Criação. Estes três aspectos são: Pai, Filho e Espírito Santo. Criador, Criatura e a Mente Una, esta última, que opera a união indissoluta dos dois primeiros. Quanto ao modo como Deus pode ser TRÊS EM UM, esta é uma questão cuja resposta é simplesmente inacessível à inteligência humana no seu estágio atual de evolução. Os teólogos chamam esta condição de inacessibilidade de "Mistério".
Uma vez que se admita DEUS TRÊS EM UM é preciso esclarecer que este é o estado do Ser Criador em circunstância de repouso, de não-criação, estado também misterioso que o hinduismo denomina Pralaya ou Noite de Brahma. Os físicos contemporâneos afirmam, de forma semelhante, que o Universo existe em dois estados simultâneos que compreendem o SER e o NÃO-SER, ou ainda, Universo Objetivo e Universo Subjetivo. O triângulo com o vértice (ponta) para cima é uma representação geométrica de Deus em seu estado mais puro e elevado, sutil, abstrato, não manifestado. Quando Deus se manifesta ou cria, projeta suas infinitas possibilidades de SER em uma constituição densa, material, física, concreta, em uma escala ontológica (de formas de ser) que compreende diferentes graus materialidade. Retomando a análise do triângulo: voltado para cima, representa Deus em sua misteriosa condição de Trindade, a Realidade Celestial ou Espititual. Em oposição, o triângulo com vértice para baixo, significa a Criação de Deus, Realidade Terrena ou Material. A estrela de seis pontas é, portanto, o signo da união dos dois triângulos e, portanto, signo da união entre Criador e Criatura, do Homem unido a Deus.

O SÊLO DE SALOMÃO
no ocultismo ocidental
Representação do Sêlo de Salomão
criado por Eliphas Levi, publicado
em Dogma e Ritual da Alta Magia.
Desenho da artista plástica Clara Prechansky, em série sobre temas bíblicos. Veja os outros desenhos bíblicos, abrindo nova janela, cliclando sobre esta imagem
Moisés desce do Sinai com as Tábuas da Lei.
Na representação da artista Clara Pechansky,
o Sêlo já aparece em período anterior a Salomão.


EXPLICAÇÃO DE ELIPHAS LEVI
Em sua obra Dogma e Ritual da Alta Magia, o ocultista francês do século XIX, Eliphas Levi, inclui o seguintes comentários sobre o Selo de Salomão:
O verbo perfeito é ternário, porque supõe um princípio inteligente, um princípio que fala e um princípio falado. (...) O ternário está traçado no espaço pela ponta culminante do céu, o infinito em altura, que se une por outras linhas retas ao oriente e ao ocidente. Mas a esse triângulo visível, a razão compara outro triângulo invisível, que ela afirma ser igual ao primeiro; é o que tem por vértice a profundeza e cuja base virada é paralela à linha horizontal que vai do oriente ao ocidente. Estes dois triângulos, reunidos numa só figura, que é a de uma estrela de seis raios, formam o signo sagrado do sêlo de Salomão, a estrela brilhante do macrocosmo. A idéia do infinito e do absoluto é expresssa por este signo, que é o grande pentáculo, isto é, o mais simples e o mais completo resumo da ciência de todas as coisas. A própria gramática atribui três pessoas ao verbo. A pessoa que fala; a pessoa a quem se fala; a coisa de que se fala (pronome pessoal em primeira pessoa, pronome pessoal em terceira pessoa e objeto). O princípio infinito, ao criar, fala de si mesmo para si mesmo. (LEVI, p 90. Pensamento, 1993)
... as formas são proporcionais e analógicas à idéias que as determinou; são o caráter natural, a assinatura desta idéia (...) e desde que evocamos ativamente a idéia, a forma se realiza e se produz. (...) O duplo triângulo de Salomão é explicado por São João de modo notável. Há, diz ele, três testemunhos no Céu: o Pai, o Logos (Filho) e o Espírito Santo, e três testemunhos na Terra: o enxofre, a água e o sangue. São João está, assim, de acordo com os mestres da filosofia hermética (...) o enxofre significa "o éter" (espírito), a água é anima, a força vital e o sangue, é a carne a matéria, a terra, os corpos. (...) No grande círculo das evocações (operações mágicas), ordinariamente é traçado um triângulo, e é preciso observar bem de que lado deve ser posto o seu cimo. Se supõe que o espírito vem do céu, o operador deve ficar no cimo e colocar o altar da fumigações na base; se deve subir do abismo, o operador ficará na base (...) Além disso, é preciso ter na fronte, no peito e na mão direita o símbolo sagrado dos dois triângulos reunidos, formando a estrela de seis raios (...) e que é conhecida, em magia, sob o nome de pentáculo ou Sêlo de Salomão." (LEVI, p 254. São Paulo: Pensamento, 1993.)

COMENTÁRIO DE MADAME BLAVATSKY
Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, cujo lema é "Não há religião superior à verdade" e cuja filosofia resgata textos sagrados hindus, também comenta o significado da estrela, que adverte "é errôneamente denominada Sêlo de Salomão", no quarto volume de A Doutrina Secreta:
... o número seis foi considerado nos Antigos Mistérios como um emblema da Natureza física porque o seis é a representação das seis direções de todos os corpos, as seis direções que compõem a sua forma, a saber: as quatro direções que se estendem no sentido dos quatro pontos cardeais, norte, sul, leste e oeste, e as duas direções de altura e profundidade que correspondem ao Zênite e ao Nadir. (...) A mesma idéia se encontra no duplo triângulo equilátero dos hindus (...) no seu país chamado signo de Vishnu, o Deus do Princípio Úmido e da Água (...) o triângulo inferior, com seu vértice voltado para baixo, é o símbolo de Vishnu (...) ao passo que o triângulo com o vértice para cima, é Shiva, o Princípio do Fogo... (BLAVATSKY - v. IV - p 161. São Paulo: Pensamento, 2003)